sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

General interventor diz que situação no Rio é "muito Globo"!

Brito: intervém e desintervém? Isso não se sustenta no Supremo!

Conversa Afiada, 16/02/2018
(Crédito: FaceBook do Fernando Morais)

O Conversa Afiada reproduz do Tijolaço, de Fernando Brito:

Quem acompanhou a entrevista dos ministros Raul Jungmann e Sérgio Etchegoyen – que quase não deixou falar o general-interventor Braga Neto – viu que não desceu goela abaixo dos repórteres a história de que a intervenção federal será revogada, na hora de votar a reforma da previdência e “re-decretada” depois, para driblar a proibição constitucional de que a Carta não pode ser emendada durante a vigência de intervenções.

Não desceu e nem poderia descer, porque é uma burla das mais descaradas a um dispositivo constitucional que só um constitucionalista de marotices como Michel Temer poderia imaginar.

É inevitável que esta questão seja judicializada, porque – mesmo sendo inédita a intervenção militar formal na Segurança Pública – o Supremo já julgou dúzias de ações pedindo intervenção nos Estados por outros motivos e, invariavelmente, afirmou que a intervenção é medida extrema, só passível de ser adotada se não há outra para substituí-la, com efeitos iguais ou semelhantes.

Se a intervenção pode ser casuisticamente extinta para ser substituída por uma “Operação de Garantia da Lei e da Ordem” (GLO) enquanto durar a necessidade de não viger para permitir a votação de emenda no Congresso e, em seguida, decretada de novo, está evidente quedas duas, uma: ou ela não era a única ação possível ou na sua cessação está sendo invocada uma razão de mera política parlamentar, completamente indissociada do seu caráter de “garantia da ordem”.

Vai ser difícil, porque até figuras pró governo no STF já disseram que a intervenção é ato tão extremo que só se justifica quando não há outro a tomar. Gilmar Mendes escreve, em artigo na Revista Justiça e Cidadania, que um dos fundamento de legalidade de uma ato de intervenção é o de ser “necessário (isto é, insubstituível por outro meio menos gravoso e igualmente eficaz)”.

Ora, se pode ser, planejada e confessadamente, substituído por uma operação de GLO (que aliás já está em curso), é porque a intervenção não é “insubstituível”, por óbvio.

A resposta, todos sabemos, é politica. Ou politicagem, porque em cooperação com as Forças Armadas, o Governador poderia, até, trocar os comandos que sejam considerados ineficazes ou comprometidos com a criminalidade.

Temer tirou de foco a Reforma da previdência, fugiu de encarar a votação na segunda ou terça usando um expediente que explora o desespero criado na população com o que já é grave no real mas fica ainda mais com a amplificação que lhe dão os meios de comunicação.

Não é assim? Então leia o que disse o próprio general-interventor, na saída da entrevista em que quase não falou, descrito pelo insuspeito O Globo:

Recém-nomeado interventor federal no Rio de Janeiro, o general Walter Souza Braga Netto disse que a situação no Rio não está tão ruim. Ao fim da entrevista coletiva montada no Palácio do Planalto para explicar o decreto assinado pelo presidente Michel Temer, quando se encaminhava para o gabinete do presidente, ao subir as escadas, foi perguntado se a situação no Rio estava muito ruim. O general virou-se, fez que não, abanando o dedo indicador direito, e respondeu:
— Muita mídia.

General, o senhor que dá sinais de ser uma pessoa lúcida e pouco disposta a fazer terrorismo, perdoe a liberdade. Mas perca a mania de dizer a verdade aos jornais, porque não vai custar para o senhor ser crucificado se não colocar em marcha uma ação selvagem contra os pobres.

Em tempo: assista à TV Afiada "Intervenção é o AI-5 dos desesperados"

O que é uma intervenção federal? Entenda

O governo de Michel Temer decretou intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro

Carta Capital, 16/02/2018 14h07

Mauro Pimentel / AFP
Militares em ação no Rio de Janeiro

O presidente Michel Temer decretou nesta sexta-feira 16 uma intervenção federal no Rio de Janeiro, por conta da crise de segurança pública pela qual passa o estado. Trata-se de um expediente previsto na Constituição, mas que jamais foi usado. Entenda do que se trata.

O que é a intervenção federal?

A intervenção federal é um procedimento regulado pelos artigos 34 e 36 do capítulo VI da Constituição. Em condições normais, o governo federal não pode intervir nos estados, mas o artigo 34 traz situações em que isso pode ocorrer, como manter a integridade do território brasileiro, reorganizar as finanças de uma unidade da federação ou repelir uma intervenção estrangeira.

No caso do Rio de Janeiro, foi invocado o inciso três do artigo 34, que permite uma intervenção federal para "pôr termo a grave comprometimento da ordem pública".

Leia também:

Quem decreta a intervenção federal?

É o presidente da República, por iniciativa própria ou por solicitação do Poder Legislativo, de alguma instância superior do Judiciário, especificamente o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou por solicitação da Procuradoria-Geral da República provida pelo STF.

O que deve trazer o decreto?

O decreto de intervenção precisa especificar a amplitude, o prazo e as condições de execução da intervenção e, se couber, trazer o nome do interventor. No caso do Rio de Janeiro, o general do Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, é cotado para assumir a segurança pública do Rio. Assim, governador Luiz Fernando Pezão continuará em seu posto.

O Congresso precisa aprovar o decreto?

Sim. A Constituição determina que o decreto de intervenção "será submetido à apreciação do Congresso Nacional (...) no prazo de vinte e quatro horas." 

Leia também:

Algum outro órgão federal deve ser ouvido?

A Constituição diz que um órgão chamado Conselho da República deve ser ouvido sobre a decretação da intervenção. Essa previsão não está, no entanto, nos artigos 34 e 36, que regem a intervenção. Ela está presente no artigo 90, que regula a existência do Conselho da República e diz que "compete" a ele pronunciar-se sobre "intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio".

E o que é o Conselho da República? 

É um órgão consultivo da Presidência da República composto pelo vice-presidente da República, pelos presidentes da Câmara e do Senado, pelos líderes da maioria e da minoria na Câmara e no Senado e pelo ministro da Justiça. Fazem parte do conselho, também, seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado e dois eleitos pela Câmara. 

Como o Conselho nunca foi convocado, não há cidadãos nomeados ou eleitos por enquanto.

Dodge manda o líder do Governo para a cadeia!

Se gritar pega ladrão...

Conversa Afiada, 15/02/2018
Também, com essa companhia, André...


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação do líder do governo no Congresso, o deputado André Moura (PSC-SE), em três ações penais em que ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de ter desviado verbas do município de Pirambu, em Sergipe, onde já foi prefeito. Dodge também pediu que ele devolva o triplo dos valores desviados.

Segundo a procuradora-geral, André Moura cometeu crimes de responsabilidade e de associação criminosa, entre 2005 e 2007, quando já tinha deixado a prefeitura. Mas o município continuou sendo administrado por um aliado, Juarez Batista dos Santos. Em depoimento, ele disse que Moura prosseguia como prefeito "de fato", indicando os secretários municipais.

“Com a conivência de Juarez Batista dos Santos, André Luiz Dantas Ferreira (nome verdadeiro de André Moura) continuou a ter poder de decisão na prefeitura, definindo as pessoas que seriam nomeadas secretários municipais, e utilizando a máquina administrativa em favor de seus interesses políticos e pessoais”, sustentou Raquel Dodge.

Juarez teria entregue dinheiro em espécie para André Moura; disponibilizado servidores, carros e linhas telefônicas para uso dele e sua família; e até autorizado a aquisição de alimentos para a casa dele. Somente em 2006, o hoje deputado teria exigido repasse de R$ 1 milhão.

(...)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Dirceu aos estudantes: vamos à luta!

A Geração de 68 e a de 2018 impedirão o Golpe dos ricos: a supressão da eleição

 Conversa Afiada, 15/02/2018
Como não tem voto, querem impedir o povo de decidir (Reprodução: Nocaute)


Do Nocaute:

Olá, meus amigos e minhas amigas do Nocaute. Hoje eu quero prestar homenagem à geração de 68 que lutou contra a ditadura militar. 

Os militares tomaram o poder, rasgaram a Constituição. Demitiram sete mil oficiais das Forças Armadas. Eram homens democratas, nacionalistas, progressistas. Expulsaram do serviço público dezenas de milhares de brasileiros e brasileiras. Fecharam catorze mil sindicatos, ligas camponesas, sindicatos urbanos e rurais. Reprimiram toda a oposição a ferro e a fogo. Inclusive, a oposição chamada liberal, burguesa, os políticos tradicionais, como o Jânio, como o Lacerda, Magalhães Pinto. 

Impuseram a censura. Liquidaram com os partidos políticos. Puseram fim à eleição direta para presidente, governadores e prefeitos das capitais e as chamadas áreas de segurança nacional. 

Era a ditadura, crua. Os estudantes se levantaram contra a ditadura. Em 65, ao chegar à Faculdade, eu encontrei o Centro Acadêmico fechado, até a Associação Atlética estava fechada. Era proibido fazer cineclube, teatro, feiras de livro. 

Era um silêncio. Era a ditadura. Não havia liberdade. Nós estudantes nos levantamos contra a ditadura. Defendemos o direito de existir dos Centros Acadêmicos, da nossa organização civil, livre, democrática, eleita pelos estudantes, sustentada pela venda de carteirinhas de estudantes. 

E fomos às ruas. Não aceitamos a proibição que a ditadura impôs à manifestação. Pelo contrário, defendemos a livre manifestação, a livre organização e o direito de protestar. 

Enfrentamos a ditadura. Recebemos apoio de intelectuais, artistas, jornalistas, servidores públicos, de amplos setores da sociedade. Inclusive dos sindicatos que começavam a se reorganizar.

Foram anos de intensa luta e de grandes mudanças no Brasil. A geração de 68 fez uma verdadeira revolução social, de comportamento, costumes, cultural. Foi a música popular brasileira, o cinema novo, o teatro de vanguarda, era a nova literatura, uma nova forma de se expressar, era o direito à igualdade às mulheres. 

Igualdade conosco, nas lutas, nas lideranças. O direito delas de decidirem o seu destino. O destino do seu corpo, o destino do seu futuro. 

Era a geração de 68 no Brasil e no mundo lutando contra o autoritarismo. Mas havia a luta contra a ditadura, contra a privatização do ensino, contra a elitização do ensino. 

Infelizmente, hoje, 80% dos estudantes universitários pagam para estudar. Caso único no mundo. E agora querem avançar sobre o ensino médio, sobre o chamado segundo grau. Privatizar, privatizar, é a palavra de ordem. 

A geração de 68 se uniu aos operários quando ocuparam as fábricas em Osasco e Contagem. Os militares não podiam tolerar. Impuseram ao país o Ato Institucional 5, até porque reprimiu a toda e qualquer oposição, inclusive censurando a imprensa. E quando brasileiros e brasileiras se levantaram em armas contra o regime, ele deu um basta e fechou totalmente o sistema político do país. 

Foi a época do silêncio, do medo. Mas por pouco tempo. Em 1973 voltavam as greves. Em 1974 a ditadura foi derrotada nas urnas. Em 1976, 1977 os estudantes voltaram a ocupar as ruas do país e a UNE foi reconstruída em 1979. 

Em 1977, as greves no ABC, pela primeira vez, ouviram uma voz rouca gritar contra a ditadura. Era Lula que surgia.

Porque o povo se levantou apesar da repressão? Porque o modelo econômico da ditadura trouxe a carestia, a favelização. Porque houve uma corrida para as grandes cidades em busca de empregos e não havia investimento em saneamento, habitação, transporte, creches, em saúde. 

E o povo começou a lutar nos bairros e periferias contra a carestia. Por creches, por melhores transportes, pelo saneamento, pelo direito à habitação. E nas fábricas, os trabalhadores, frente ao arrocho salarial e a manipulação da inflação cometida pela ditadura, se levantaram também em greves, em ocupações, em lutas. 

Em 1978, a ditadura já perderia a eleição. Mas o que fazia a ditadura? Ia mudando o sistema eleitoral. Criou o senador biônico. Criou restrições a propaganda eleitoral. Criou inelegibilidades, criou domicílio eleitoral. Fez tudo para afastar o povo das urnas. De nada adiantou. Cresceu a luta pela Anistia, cresceu a luta contra a ditadura. E nós conquistamos a democracia e a Constituição de 1988.

A geração de 68 deixou a sua marca, deixou o seu exemplo. Muitos, inclusive, deram a vida pela liberdade e pela democracia. 

Hoje, vivemos novamente um golpe e o crescimento do autoritarismo, a volta do preconceito, da censura, a volta da intolerância. O uso da violência na disputa política e principalmente o golpe parlamentar judicial que derrubou uma presidente legítima, eleita por 54 milhões de brasileiros. 

Mas a política econômica que estão adotando no Brasil também está sendo repudiado pelo povo. Como eles não têm voto, como a ditadura não tinha, querem banir Lula das urnas. E querem falsear o sistema político eleitoral, tirando o povo da decisão com o semiparlamentarismo.

E agora autorizam que os candidatos ricos possam financiar suas campanhas. É o dinheiro comandando as eleições. Tudo isso para impedir que a esquerda, os democratas, os nacionalistas, vençam as eleições, que Lula possa ser candidato. 

Essa luta vai continuar. Ela foi vitoriosa no passado, apesar da repressão. E será vitoriosa novamente. Vamos à luta.

Mais um executivo confirma fraude de Aécio em obra da Cidade Administrativa


Outro ex-executivo da Odebrecht —desta vez, que não fechou acordo de delação premiada— reforçou acusações de corrupção nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Carlos Berardo Zaeyen afirmou à PF que dois contratos, na prática, teriam sido usados apenas para justificar o repasse de dinheiro.

A Odebrecht diz que havia acerto entre as empreiteiras para pagamento de 3% do valor total do contrato em propina para o então governador Aécio Neves (PSDB-MG).

Perícia mostra que a Odebrecht fraudou provas contra Lula

Não há conivência da Justiça e do MPF nessa fraude?

Uma perícia feita nos documentos apresentados pela Odebrecht como provas no acordo de delação premiada mostra que a empreiteira fraudou documentos para incriminar o ex-presidente Lula.

A análise, anexada pela defesa do petista, identificou que papéis usados pelo MPF em acusação contra Lula têm marcas de montagem ou enxerto.

O perito também aponta inconsistências em datas de transações e em assinaturas.

Os documentos fazem parte de ação da Lava Jato que investiga o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo.

Para a acusação, a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel.

A adulteração de documentos e fraude no material apresentado nas delações já havia sido denunciada pelo ex-advogado da empreiteira Rodrigo Tacla Durán.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Míriam decidiu atacar a Venezuela!

Ela quis invadir a Bolívia para retomar o gasoduto que o FHC deu à Shell

Conversa Afiada, 13/02/2018
O amigo navegante se lembra daquela histórica reunião em Nova York em que o Presidente Trump convocou o presidente ladrão e os demais líderes de países que fazem fronteira com a Venezuela para a anunciar que fariam uma expedição militar e promover uma "mudança de Governo" na Venezuela.
O Secretário de Estado americano, presidente da Exxon, esteve recentemente na América Latina, pulou o Brasil, para não se contaminar com o ladrão presidente, foi recebido pelo lacaio do Macri e avisou: vamos derrubar aquela m...
O governo dos canalhas e canalhas vai usar a operação militar na Venezuela para desaparafusar a rosca com que se apertou internamente.
Tanto assim que deixou os 79 convidados que o aguardavam na Restinga da Marambaia para se deslocar até Roraima e ajudar a incendiar o tema.
Como faz a manchete da Fel-lha: "Fome na Venezuela é 'gravíssima', diz OEA".
"70% das crianças estão subnutridas"
(É porque a Fel-lha não examina as crianças da periferia de São Paulo...)
Mas, a palavra de ordem, o "atacar" veio da colona carnavalesca da Cegonhóloga:
"A Economia venezuelana apresenta números de país em guerra", diz ela.
(Se isso fosse motivo para uma invasão militar a Espanha não estaria mais aqui... Nem a Grécia...)
Conclui a golpista (como diz o Mino, no Brasil, os jornalistas são piores que os patrões...):
- Essa é a bomba que está armada na fronteira do Brasil.
Além do mais, ela agora resolveu carregar o "fardo do homem branco" e salvar a Venezuela para os Estados Unidos.
É o nosso Kipling!
Em tempo: a História do Torpe Jornalismo Contemporâneo registra o papel da então Urubólogapara promover a invasão da Bolívia, porque o Evo tinha encampado o gasoduto que o Príncipe da Privatariahoje gagá, tinha construído para dar de presente à Shell. Exxon, Shell - é tudo a mesma sopa...
PHA

Fux solta a grana para candidato rico!

Aos que nem precisam de auxílio moradia...

Conversa Afiada, 13/02/2018
Esse tem um jatinho de R$ 44 mi, com o SEU dinheiro! (Reprodução/GGN)

De Ranier Bragon, na Fel-lha:

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) publicou no início deste mês a íntegra da resolução que permite aos candidatos financiarem 100% de suas próprias campanhas.

Caso o tribunal não reveja essa decisão até 5 de março, data limite para que publique todas as regras definitivas das eleições de 2018, candidatos com renda e patrimônio elevados levarão grande vantagem sobre os demais.

Um político rico que queira disputar a Câmara dos Deputados, por exemplo, poderá bancar do próprio bolso todo o limite que pode gastar, que é de R$ 2,5 milhões.

Concorrentes que não tenham essa condição contarão apenas com o dinheiro público para campanhas —cuja divisão será definida pelas cúpulas partidárias— e com doações de pessoas físicas, limitadas a 10% do rendimento.

Em 2016, por exemplo, João Doria (PSDB), cujo patrimônio declarado era de R$ 180 milhões, injetou R$ 4,44 milhões do próprio bolso em sua campanha (36% do total de suas receitas) à Prefeitura de São Paulo. Ele foi eleito em primeiro turno.

(...) Pelo texto completo da resolução aprovada em dezembro, mas só agora publicada, "o candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre".

Para 2018, os limites de gasto por cargo vão de R$ 1 milhão (candidatos a deputado estadual ou distrital) a R$ 70 milhões (candidatos à Presidência da República).

(...)

Rui: candidato não precisa ser do PT

Governador da Bahia critica Moro e MP

Conversa Afiada, 14/02/2018
No Morro do Juramento no Rio, Murrow não sobe (Reprodução)

O Conversa Afiada reproduz trechos da entrevista do governador da Bahia, Rui Costa (PT), à Fel-lha:

(...) Qual sua opinião sobre a condenação de Lula?
Em nenhum país desenvolvido ele teria sido condenado. Não há prova, mensagem de celular, bilhete, registro de cartório. Ele nem sequer dormiu uma noite no apartamento. O juiz o condenou dizendo que estava convencido de que ele aceitaria o apartamento.

O que estão fazendo é uma perseguição histórica. Algo semelhante só ocorreu com Getúlio Vargas. Isso vai ficar mais claro na campanha.

Na medida em que se impeça o Lula, vai aumentar a insatisfação da população com esse sistema, que é seletivo, e com o Judiciário.

Está cada vez mais expressa a militância político-partidária daqueles que não deveriam ter preferência nem militância na política, como os procuradores e juízes.

Fernando Haddad e Jaques Wagner já foram citados como possíveis substitutos de Lula em uma candidatura à Presidência. Há nomes no partido com força suficiente para assumir essa candidatura?
Há sim. E o nome não precisa ser do PT. Pode ser uma pessoa que tenha a mesma concepção de distribuição de renda e desenvolvimento.

O senhor poderia citar algum nome como exemplo?
Não, prefiro não dar nenhum nome.

Houve um debate dentro do PT após as ações da Lava Jato e a perda de grande parte do eleitorado?
Eu diria que não só dentro do PT. Espero que a gente consiga fazer, com um novo presidente, uma reforma política. Que país democrático tem hoje 40 partidos? Nenhum. Tudo vira um balcão de negócios, em que cada um vende seu tempo de TV e rádio para fazer um fundo partidário. 

Cada pessoa pode fundar o partido que quiser, mas isso não deveria assegurar tempo de TV e fundo partidário.

O senhor acredita na união de partidos da esquerda nesta eleição?
Espero que consigamos unir as pessoas em torno da apresentação de um projeto para o Brasil, muito além da esquerda. Precisamos de estabilidade a longo prazo, firmada e pactuada em valores republicanos. (...)

Globo fez com Vandré em 68 o que faz hoje com Tuiti


"O boicote da Globo à Paraiso do Tuiti é uma medida tão escandalosa como o veto à música 'Caminhando' no Festival Internacional da Canção, organizado pela Globo, em 1968", escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247.

"Há 40 anos, conforme o executivo Walter Clark, a emissora cedeu à ditadura militar e impediu que a música de Geraldo Vandré ganhasse o primeiro lugar. Em 2018, depois de desempenhar um papel único e insubstituível na sabotagem da democracia, a emissora usa desfile de Carnaval para proteger um regime de exceção que ajudou a colocar de pé", diz PML.

Paraíso now


"Quem vai ganhar o desfile de 2018? E isso tem alguma importância? Nós ganhamos! Nós, o povo, já ganhamos um dos melhores carnavais da história desse país. Os quase vinte milhões de desempregados podem soltar um sorriso, mesmo que de 'canto de boca'.

Os precarizados podem se abraçar. Os aposentados e os que querem se aposentar tomem uma cervejinha bem gelada... Ganhamos essa!", escreve o colunista Ângelo Cavalcante, sobre o desfile da Paraíso do Tuiuti.

"E para os golpistas de plantão, aos que bateram panelas, que dançaram suas coreografias patéticas, que se vestiram de CBF vejam o inacreditável, se assustem, se espantem, tenham medo... Isso se chama POVO e para vossos pecados e arrependimentos, ele está mais vivo do que nunca!"

Globo paga o preço da aliança com o golpe


Marcado pelo 'Fora, Temer' e pelo 'volta, Lula', o carnaval de 2018 também entra para a história como o que mais constrangimento gerou para a Globo, que foi uma das peças centrais no golpe de 2016.

Além da desmoralização sofrida no desfile da Tuiuti, em que seus apresentadores se calaram diante dos "manifestoches" e do "Temer vampirão", vários repórteres da Globo foram zoados em transmissões ao vivo, como aconteceu com Leilane Neubarth, que teve que ouvir 'vai dar PT'.

A Globo tentou se redimir em matéria no JN com 24 horas de atraso, mas acabou passando recibo do arrastão moral que levou.

É o que dá apoiar um golpe que derrubou uma presidente honesta e instalou uma quadrilha no poder.

DCM: por que Leilane acusou o golpe ao ser criticada por Leonardo Boff


Jornalista Kiko Nogueira, editor do DCM, comentou a irritação da jornalista Leilane Neubarth, que foi alvo de uma "pegadinha" de sambistas no carnaval e não suportou quando o teólogo Leonardo Boff disse ter pena dela.

"Leilane acaba apanhando por personificar a odiada emissora em que trabalha. Ela não é o Merval ou a Cristiana Lôbo. Não é o Waack. Ela é um Cid Moreira. Por isso a bofetada de Boff doeu-lhe. Leilane não estava perdida apenas naquela transmissão. Ela vive assim, surfando nessa nuvem de desinformação mascada, dando suas cacetadas", disse Nogueira.

Só Joesley e Wesley foram presos por informação privilegiada no Brasil


Presos preventivamente há mais de cinco meses, os irmãos Wesley e Joesley Batista, do grupo JBS, são os únicos a terem ido para a cadeia por insider trading (uso de informação privilegiada) no Brasil.

Previstos em lei há 17 anos, os crimes contra o mercado de capitais são desvios praticamente sem pena na Justiça brasileira, apesar do aumento de indícios encontrados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de condenações no âmbito administrativo.

Mais uma comunidade se levanta por Lula


"É cedo para saber mas talvez o Carnaval do desagravo democrático proporcionado pelo desfile da escola Paraíso do Tuiuti vá se tornar um divisor de águas. Talvez depois dele tudo volte ao normal mas é possível que esteja havendo um despertar, que o povo tenha se cansado de engolir sapos e safanões e vá começar a reagir", diz a colunista Tereza Cruvinel, que destaca a faixa de apoio ao ex-presidente Lula e contra a parcialidade do juiz Sergio Moro, que foi também levantada no Morro do Juramento.

'Carnaval de protestos' reúne sambódromo e blocos contra políticos

Temer, Crivella e Cabral foram alvo dos foliões; em SP, tom engajado foi mais tímido

Folha,14.fev.2018 às 2h00

Michel Temer, Marcelo Crivella, Sérgio Cabral, corrupção, patos da Fiesp.

O “Carnaval do protesto” uniu sambódromo e folia de rua pelo país, com críticas contra políticos, Judiciário e políticas públicas em escolas de samba do Rio e blocos de Salvador, Recife e Belo Horizonte. Já em São Paulo as críticas foram mais tímidas, mas também existiram.

No Rio, a escola Beija-Flor traçou paralelo entre “Frankenstein”, de Mary Shelley, com o momento do Brasil.

Ratos representaram políticos e sobraram críticas à criminalidade, ao sucateamento das redes de saúde e educação e à corrupção.

Um dos carros encenou a violência cotidiana do Rio. Em uma encenação, alunos foram baleados; em outras apareciam crianças em caixões e policiais mortos.

Houve alusão à “farra dos guardanapos”, jantar de luxo em Paris que reuniu o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), outros políticos e empresários —nove foram presos e outros são investigados.

“A gente tem que mudar isso. Vamos reagir, Brasil”, disse a funkeira Jojo Todynho após o desfile da agremiação, na madrugada de terça (13).


Paraíso de Tuiuti criticou a reforma da Previdência AFP

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), foi alvo do desfile da Mangueira no dia anterior. Ele cortou verbas das escolas de samba e de festas de rua na cidade. 

Um dos carros da escola trouxe a frase “Prefeito, pecado é não brincar o Carnaval”. Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal.

Houve também um boneco com a imagem do político, com corda no pescoço. 

Em nota, a gestão municipal chamou o protesto de “intolerância religiosa”. Afirmou ainda que conseguiu dar apoio ao Carnaval, mesmo em condições de “crise excessiva e retração econômica”.

A Paraíso do Tuiuti apresentou o presidente Michel Temer como vampiro no último carro alegórico —e temas como racismo, escravidão e leis trabalhistas foram contemplados no enredo. 

Uma das alas teve patos amarelos como parte das alegorias —semelhantes ao que ficava em frente à Fiesp nos protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) na avenida Paulista. Foliões desfilaram como fantoches.

Com baixa popularidade, o prefeito Crivella e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), não compareceram ao sambódromo.

Assim como na Marquês de Sapucaí, Temer e Crivella foram alvos de protestos em blocos no Rio. No centenário Cordão da Bola Preta, funcionários da UFF (Universidade Federal Fluminense) carregavam balões com a expressão “Fora Temer”, enquanto médicos levantavam cartazes com a inscrição “Saúde em pânico com Crivella”, sobre salários atrasados de médicos e enfermeiros nas clínicas da família da cidade.
MALA

Temer foi alvo ainda de protestos de foliões na passagem do bloco Mudança do Garcia, em Salvador. Os participantes trouxeram cartazes contra a reforma da Previdência e a classe política.

No Recife, blocos contaram com foliões fantasiados com a inscrição “Fora Temer” no corpo. “Todo dia é dia de protesto”, disse a foliona Sheyla Santos, que fez o protesto com a filha, Yolanda, nas ruas da capital pernambucana.

Com o cartaz “Alô, alô, Gilmar, eu tô em cana, vem me soltar”, o folião Roberto Ferreira, 40, fantasiado de presidiário, criticou o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nas ruas de Belo Horizonte.
PANELAS

No desfile em São Paulo, a Império de Casa Verde trouxe o enredo “O Povo: A Nobreza Real”, sugerindo revolução social que livraria o povo de dominação. Integrantes da escola da zona norte bateram panelas, o que pode ser visto como referência aos protestos que culminaram com o impeachment de Dilma. 

“Na alma da gente/ a esperança continua/ vem pra rua”, dizia também o samba. “Vem pra rua” é expressão que se popularizou em protestos nos últimos anos no Brasil.

“Demos a mensagem”, afirmou o carnavalesco da Império, Jorge Freitas. “Queríamos falar sobre como poucos têm muito e muitos têm pouco, algo que a humanidade não conseguiu resolver.”

Nos megablocos da 23 de Maio, principal novidade do Carnaval paulistano, protestos políticos não foram marcantes. Em outros locais da capital paulista, como em Pinheiros (zona oeste), houve algumas manifestações.

Colaboraram: Marcelo Toledo, Luiza Franco, Kelly Lima, Isabella Menon, João Pedro Pitombo, Carolina Linhares, Luiza Franco, Paula Passos, Lucas Vettorazzo e Luis Costa.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

"Doutor" e "Excelência" não serão obrigatórios! Oohh, que legaaal!!... Mas eram?

Comentários ao PLS 332/2017

Publicado por João Ralph Castaldi, em Jusbrasil, 12/02/18

Não precisaremos mais chamar os arrogantes servidores públicos de "Doutor" ou "Excelência", poderemos acabar com o ego deles chamando-os apenas de "você" ou "tu"! "Senhor" apenas se eu respeitar a idade dos anciãos! Chega de pisotearem meu ego! E ái do servidor que me fizer qualquer exigência ou que eu sinta qualquer desrespeito vindo dele, ainda que ele não demonstre isso!! E tudo isso ~graças~ ao PLS 332/2017! Viva!

E vamos esperar que em breve seja estendido aos advogados e médicos! Chega desses "doutores" sem doutorado! Chega de termos que nos rebaixar a chamar esse ~povinho~ por títulos que não detém!! Pronome de tratamento nunca mais!! Hip hip, urra!

Desconsiderando a horrenda redação do Projeto de Lei 332/2017... ohhh, que legaaaal!!! Não precisaremos mais nos rebaixar com pronomes de tratamento xiqs, maravilha certo? Mas, desde quando temos a obrigação de chamar alguém por "excelência" ou por seu título acadêmico? Existe alguma legislação nesse sentido? Se eu não chamar de "excelência" um funcionário público, ou por "doutor" alguém que recebeu seu título de "doutorado", estarei incorrendo em alguma conduta civilmente ilícita? Ou mesmo criminalmente tipificada?

Não! Ninguém é obrigado à chamar ninguém de excelência, doutor, senhor, mestre, milorde, sanctus dominus, amo, alteza, majestade, eminência, magnificência, vossa onipotência (essa eu particularmente nem conhecia) etc.

Não existe legislação que obrigue a utilização de pronome de tratamento, LOGO, não há ilícito civil ou infração penal em deixar de chamar alguém por pronome de tratamento ou título acadêmico. Simples assim. Sério.
...

MAS POR QUE HÁ QUEM EXIJA SER CHAMADO POR PRONOMES OU SEUS TÍTULOS ACADÊMICOS!?

Particularmente penso que apenas profissionais da área da psique teriam propriedade para explicar tal comportamento. Poderiam ser disfunções cognitivas ou desvios comportamentais associados à autoestima, mas não possuo licença para diagnosticar.

MAS JÁ VI JUIZ PROCESSANDO POR ISSO!!

Qualquer um pode ajuizar uma ação contra qualquer um por, qualquer razão, porém, os efeitos de tal conduta são variados, a depender do teor da exordial, poderá o autor ser responsabilizado civil e criminalmente.

Porém, como todos sabem, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada senão em virtude de lei (art. , II, CF/88), assim sendo, repita-se, não há ilícito civil ou infração penal em deixar de chamar alguém por pronome de tratamento,

Seria verdadeira afronta aos objetivos, fundamentos e princípios da república, bem como ofensa à dignidade da justiça obrigar alguém a fazer alguma coisa pelo torpe motivo de satisfazer o próprio ego.

Aliás, a depender da forma como se dera a exigência, pode configurar crime de extorsão, concomitantemente das penalidades administrativas e civis (ex.: "me chame deste pronome de tratamento ou irás preso por desacato").

Pode parecer chocante, mas, qualquer um pode ser criminoso, independente de possuir cargo público ou privado, sendo a hierarquia irrelevante (para o cometimento, não para eventuais sanções).

Ué... quer dizer que o projeto, além de malfeito, é completamente inútil?

Pelo contrário. O projeto nos mostra, entre outras coisas, ao menos i) o assunto de preocupação de nossos ~representantes~ legislativos; ii) a (falta de) atenção aos detalhes na criação de novas legislações; iii) como o dinheiro da arrecadação de nossos impostos estão sendo (mal) investidos; e iv) como o orgulho pode ser prejudicial para a sociedade civilizada.

Sobre o polêmico título concedido aos bacharéis de medicina e direito, fica para outro artigo.

Revolução brasileira: por Lula, o morro vai descer


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Carnaval do Fora Temer bomba no mundo inteiro


Enredo da Paraíso do Tuiuti, que protestou contra o golpe no Brasil em plena Globo, sócia do atentado à democracia, virou o segundo assunto mais comentado no mundo no Twitter.

Além disso, com 80% dos votos em enquete do Uol, a Tuiuti é apontada como a melhor escola de 2018.

No Rio, multidão invadiu o aeroporto Santos Dumont para pedir a saída de Temer, rejeitado por mais de 90% dos brasileiros.

O carnaval mais politizado da história pode criar condições para a queda do vampirão, que corre o risco de ser denunciado pela terceira vez.

Prisão de Lula vira chibata quente nas mãos do STF


"Até hoje ninguém conseguiu acusar Lula de ter roubado sequer dez centavos dos cofres públicos. Nem Moro ou o TRF-4", diz o colunista Ribamar Fonseca.

"Parte dos ministros do STF quer mesmo que Lula seja preso, embora consciente da farsa da sua condenação, da inconstitucionalidade da prisão em segunda instância e das suas consequências. É fundamental, porém, que haja uma posição formal do Supremo, pois foi ele que violou a Constituição ao aprovar a prisão em segunda instância com o voto de minerva da sua presidenta", defende o jornalista.