sábado, 12 de agosto de 2017

Ex-ministra alemã diz que ‘há dúvidas sobre isenção da Justiça no Brasil’


A ex-ministra da Justiça da Alemanha Herta Däubler-Gmelin afirmou que "há dúvidas cada vez maiores" sobre se o Judiciário brasileiro coloca o país na lista de lugares onde o Estado de Direito não é respeitado.

Em referência à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer, ela disse que uma situação similar na Alemanha provocaria a imediata renúncia do peemedebista.

Com Brasil isolado, Mercosul rechaça ameaças de Trump contra Venezuela


O bloco Mercosul rechaçou neste sábado a ameaça de uso da força na Venezuela por parte dos Estados Unidos.

A declaração foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina; a declaração conjunta do Mercosul surge um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado fazer uso da força para intervir na Venezuela.

O Brasil, por meio do chanceler do golpe, Aloysio Nunes, vinha atacando a Venezuela.

Aloysio nesta semana criticou o posicionamento do PT em relação ao país.

Para ele, os petistas "lambem as mãos de Maduro".

Lula diz que rombo da Previdência é incompetência de Temer


Em discurso na quadra da Império Serrano, em Madureira, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula disse neste sábado que Michel Temer é culpado pelo rombo na Previdência, que o problema é "resultado da incompetência" do governo.

Ele afirmou que a reforma da Previdência proposta por Temer "não pode jogar em cima do trabalhador" a responsabilidade pela crise.

"No meu governo, a Previdência foi superavitária pela quantidade de empregos que criamos, pelo aumento do salário mínimo. Quando cresce emprego e salário mínimo, cresce a contribuição previdenciária. Não podemos aceitar que tentem jogar em cima do trabalhador a responsabilidade pela falta de dinheiro da previdência. É resultado da incompetência dessa gente que está de forma pouco democrática governando o país", afirmou Lula em evento da CUT.

Rogério Correia pede 10 minutos com o delegado da PF que “absolveu” Aécio para apresentar as provas contra o senador

Viomundo, 11 de agosto de 2017 às 18h47

Da Redação

O deputado estadual Rogério Correia pediu dez minutos com o delegado da Polícia Federal Alex Levi Bersan de Rezende para apresentar as provas de envolvimento do senador Aécio Neves nas falcatruas de Furnas.

O delegado concluiu relatório segundo o qual não encontrou provas da relação entre o tucano e as falcatruas na estatal.


Em conversa gravada com o dono da JBS, Joesley Batista, Aécio explicou que pretendia montar um esquema para que determinados delegados da PF fossem encarregados de determinados inquéritos, com o objetivo de matar a Lava Jato.

Furnas foi vítima de um esquema operado pelo ex-diretor de Engenharia Dimas Toledo, que arrecadou dinheiro de fornecedores da estatal para aplicar em campanhas eleitorais de tucanos e aliados, conforme registrado na famosa lista de Furnas.

Um dos beneficiários diretos da lista foi Aécio Neves. Ele é tido como o patrono da permanência de Dimas no cargo na passagem entre os governos FHC e Lula.


O relatório do delegado praticamente livra Aécio de um dos nove inquéritos a que responde no Supremo Tribunal Federal — sob relatoria… de Gilmar Mendes.

Ouçam abaixo a entrevista do deputado à Rede Brasil Atual:

Após comprar deputados e cortar Bolsa Família, Temer congelará salários

Essas desgraças encarnaram o Estado!

No "ajuste fiscal" relativo do governo, Michel Temer pretende economizar R$ 9,8 bilhões ao congelar salários de servidores em 2018.

Serão atingidos, com a medida, professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria e carreiras jurídicas.

Outras categorias poderão ser incluídas.

Na próxima semana, a equipe econômica anunciará a revisão da meta fiscal, de um rombo de R$ 139 bilhões, para R$ 159 bilhões, correndo o risco de aumentar.

No "ajuste" de Temer para equilibrar as contas, ele gasta bilhões comprando o apoio de deputados para se salvar no Congresso, de um lado, e de outro corta recursos do Bolsa Família e aumenta impostos.

Aragão: o que une MP, PF e Judiciário é a promiscuidade

Lava Jato destruiu a economia e o interesse nacional

Conversa Afiada, 12/08/2017

Via Rede Brasil Atual:


O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão afirmou hoje (11) que a força-tarefa da Operação Lava Jato constituiu, por si só, uma violação ao princípio da separação de poderes. Durante júri popular fictício para "julgar" a operação, o ex-ministro e procurador aposentado disse que houve "promiscuidade" entre Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário. Para ele, todo o processo teve "consequências desastrosas para as instituições e para a economia" e "acabou afetando enormemente o interesse nacional". Por falta de conhecimento técnico, disse Aragão, indústrias inteiras "quebraram".

O ex-ministro foi o advogado escalado para apresentar a acusação contra a Lava Jato, em evento promovido pelo grupo Advogadas e Advogados pela Democracia e Frente Brasil de Juristas pela Democracia. Não por acaso, o julgamento ocorre em Curitiba, onde atua o juiz federal Sérgio Moro. Na defesa, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, ironizou a operação, afirmando, por exemplo, que a força-tarefa contribui para a economia processual. "Aqui em Curitiba, o processo já chega com a sentença."

Da mesma forma, argumentou Kakay, as delações "a granel" agilizam a tramitação, além da redução do número de habeas corpus, instrumento que "atrapalha"o processo penal. "A minha cliente está refletindo o pensamento de boa parte do Judiciário", disse o advogado. "Desconfio que o maior erro da minha cliente foi não saber falar com a grande mídia. Praticamente não sai na grande mídia, só nas redes sociais."

Ele também viu um "fator positivo" na "espetacularização" atribuída à Lava Jato, que segundo Kakay pode ser um estímulo à economia, com a realização de palestras, por exemplo. Segundo ele, as críticas de "excesso" de prisões e delações desconsideram as vantagens para o país. "E esse Brasil que surge agora, que nós temos a esperança de chegar ao segundo lugar no número de presos no mundo?" As empresas atingidas pela Lava Jato poderiam passar a construir presídios, acrescentou.

Para Eugênio Aragão, a teoria de separação de poderes, "tão proclamada na literatura jurídica, na verdade se constitui numa enorme falácia". Ele identifica um "poder de classe", que se "capilariza" em todo o Estado e que se esforça justamente para manter as desigualdades entre classes. Também criticou a polícia, que classificou de "vitaminada" e sem controle. Assim, seria muito mais fácil "um ministro da Justiça cair porque teve dificuldade de relação com um diretor da Polícia Federal" do que um diretor da PF cair.

Com uma atuação "atomizada", na qual cada um quer mais autopromoção, Aragão lembrou que ex-titulares da Procuradoria-Geral da República eram contra a formação de forças-tarefa. Fez referência a prisões cinematográficas, atingindo reputações, que acabam "trituradas em sua autoestima", a fim de que se tornem mais "dóceis" para possíveis delações, com prisões por tempo indeterminado.

O ex-ministro afirmou que o conceito usado na Lava Jato permite considerar quase todos – "partido, o Estado, a lojinha de tecidos" – como organizações criminosas. Considerou que, assim como no caso do mensalão, houve abuso do conceito do domínio do fato. Ele também avaliou que os responsáveis pela operação usaram de forma equivocada a expressão "macrocriminalidade", cunhada pelo alemão Herbert Jäger.

Aragão referiu-se ainda a prisões efetuadas apenas para "criar constrangimento", lembrou do episódio de interceptações telefônicas ilegais envolvendo a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da divulgação de conversas pessoais da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Ele também criticou o comportamento do juiz Moro, que na audiência com Lula interrompia a defesa e demonstrava "claramente" sua antipatia em relação a uma das parte do processo.

Ao encerrar sua explanação, por volta de 17h15, Kakay pediu aos jurados que "não façam com meus clientes aquilo que os meus clientes fazem no julgamento dos outros".

A previsão inicial era de que o conselho de sentença, com 19 jurados, 11 técnicos e oito populares, se reunisse de 21h10 às 21h30, com leitura da sentença por volta de 22h, mas a programação deve sofrer atrasos.

Ameaça de Trump tem que ser repudiada com veemência


Ex-chanceler e ex-ministro da Defesa dos governos Lula e Dilma, respectivamente, rechaça duramente a ameaça do presidente dos Estados Unidos em usar a força militar na Venezuela.

"A ameaça de uso da força tem que ser repudiada com veemência. Além de violar princípios básicos do Direito Internacional, ameaça trazer uma guerra civil, um novo Vietnã para a América do Sul e a nossa fronteira".

O ex-ministro disse ainda que "uma guerra civil trará sofrimentos indizíveis ao povo venezuelano".

"Não podemos ficar indiferentes diante da agressão e da tragédia", defendeu.

Lula a Moro: largue a toga e vá ser deputado!

Imparcial de Curitiba usa o PiG como instrumento político

Conversa Afiada, 12/08/2017

O Conversa Afiada reproduz do site do Presidente Lula:


Durante o ato em defesa do Estado Democrático de Direito, realizado na noite desta sexta-feira (11), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a subordinação da Justiça à opinião pública e disse que a prática é um crime grave contra o processo democrático.

"Se um juiz quer votar de acordo com a opinião pública, que ele mesmo está ajudando a construir por meio da imprensa, pois então que largue a sua toga e vá ser deputado estadual ou federal", disse Lula.  

Segundo o ex-presidente, a única coisa que deve permear a decisão de juiz são os autos do processo, e não os interesses políticos. "Nenhum réu pode estar acima da lei, mas também nenhum juiz está acima da lei". 

Ao lado da presidenta eleita Dilma Rousseff, além de advogados, professores e estudantes da UFRJ, Lula afirmou que, caso volte à Presidência da República, irá fazer a regulação da mídia no país. "Eles têm que trabalhar muito para não deixar que eu volte a ser candidato. Porque se eu for candidato, vou ganhar e fazer a regulação dos meios de comunicação no Brasil". 

Para o ex-presidente, nenhum cidadão, mesmo sendo um juiz, tem o direito de contar mentiras a seu respeito. "Que direito tem um juiz de contar uma mentira e dizer que eu roubei? Se eles têm coragem de dizer que eu roubei, eu tenho coragem de dizer que eles talvez tenham feito coisa pior", argumentou Lula. "Se o Ministério Público e a Polícia Federal provarem um real meu que não tenha sido ganho honestamente, eu volto aqui e peço desculpas. Tenho consciência que o juiz Sérgio Moro não é mais honesto que eu. Eu não tenho que provar minha inocência, eles é que têm que provar a minha culpa", completou. 

A ex-presidenta Dilma Rousseff saiu em defesa de Lula e lembrou que o Golpe no Brasil não começou no dia 17 de abril e, sim, quando o PT derrubou o projeto neoliberal nas eleições. "Essa denúncia se dá pelos nossos acertos e não pelos nossos erros. Não há prova, não há indícios e não há base de sustentação na denúncia contra o ex-presidente. Lula é inocente", disse a presidenta eleita.

CONQUISTAS

Lula lembrou ainda as mudanças e conquistas sociais nos últimos 13 anos e disse que a elite não perdoa ao ver o pobre subindo um degrau na escala social. "O que eles não se conformam é que a gente criou um programa chamado Minha Casa, Minha Vida e deu casa própria para o povo. Eles não se conformam que nós criamos o ProUni e colocamos mais de 2 milhões de jovens na universidade. O que eles não se conformam é que nós colocamos o jovem pobre para estudar. Querem nos condenar porque fizemos 472 escolas técnicas enquanto eles só fizeram 140", lembra o ex-presidente.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Estão contados os dias de Temer no Palácio do Planalto

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O ministro Gilmar Mendes, que se revela mais político do que jurista no exercício de sua função no Supremo Tribunal Federal, acusou o procurador Rodrigo Janot de agir politicamente e ser despreparado para ocupar o cargo de Procurador Geral da República. Já vai completar quatro anos que Janot está na PGR, mas foi preciso que denunciasse Michel Temer, o amigo de 30 anos de Gilmar, e pedisse a prisão do tucano Aécio Neves para que o ministro do STF descobrisse que ele é desqualificado para o cargo, embora já tivesse denunciado um monte de gente. É claro que, com essa acusação, Gilmar, o mais político dos ministros da Suprema Corte, está preparando o terreno para reforçar a defesa do velho amigo, que deverá ser alvo de novas denúncias de Janot nos próximos dias e parece não ter mais munição suficiente para controlar a maioria dos deputados e manter-se no poder. O ministro, que intensificou os encontros com Temer, aparentemente estaria participando da elaboração de um plano para novamente garantir a salvação do presidente ilegítimo.

Recorde-se que no período que antecedeu o julgamento do mandato de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral o ministro Gilmar Mendes manteve seguidos encontros com o velho amigo no Palácio do Jaburu. E Temer escapou da cassação graças ao seu voto de minerva, na qualidade de presidente da corte eleitoral. Com a proximidade das novas denúncias de Janot, no entanto, estas muito mais graves do que a primeira, segundo os vazamentos, o presidente fruto do golpe estaria mais vulnerável depois da votação da Câmara que o impediu de ser afastado. Além de já ter praticamente esgotado os recursos das emendas, com os quais comprou os parlamentares – um comércio vergonhoso assistido placidamente pelo Supremo – Temer não deverá contar de novo com os mesmos deputados porque muitos deles já experimentaram o repúdio dos eleitores, com manifestações hostis em diversos lugares, e provavelmente não terão coragem de afrontar novamente a população. Desta vez a coisa será muito mais difícil.

O presidente golpista, que há algum tempo não faz outra coisa a não ser manobrar nos subterrâneos do Jaburu para manter-se no Planalto, já pediu à Suprema Corte a suspeição do procurador Rodrigo Janot e manteve uma conversa reservada à noite, fora da agenda oficial, com a futura PGR, Raquel Dodge, provavelmente orientando-a sobre o que deve fazer para salvá-lo, quando assumir o cargo em setembro próximo. Apesar de bem assessorado em sua desesperada tentativa para ficar no cargo, contando com a colaboração do velho amigo, Temer terá de superar maiores dificuldades do que as vencidas na primeira denúncia. Primeiro porque o STF não deverá aceitar o pedido de suspeição de Janot, do contrário se desmoralizará de vez, e, segundo, porque quando Dodge assumir a PGR as novas denúncias já terão sido encaminhadas ao Supremo e à Câmara dos Deputados e ela não terá muito o que fazer. Além disso, ela deverá enfrentar resistências dentro do próprio Ministério Público, onde Janot tem o apoio da categoria, caso pretenda aliviar a barra de Temer e dos seus acólitos.

A luta de Temer para manter-se no poder, portanto, mais uma vez terá de ser travada na área política, mais precisamente na Câmara dos Deputados, onde é maior seu espaço para manobras, considerando-se o caráter de parlamentares, conforme já demonstrado em outras votações, que se revelam mais preocupados com seus próprios interesses financeiros do que com os interesses dos seus eleitores e do país. Desta vez, no entanto, é quase certo que ele não conseguirá número suficiente para safar-se das novas denúncias, porque o estoque de emendas está praticamente esgotado e, além disso, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, não deverá ser tão fiel como na primeira votação. Na época, ele pareceu arrependido por não ter aproveitado a oportunidade para assumir a Presidência da República e agora, provavelmente convencido de que já fez a sua parte, não deixará passar a nova oportunidade. Portanto, as possibilidades de Temer permanecer no cargo agora, depois das novas denúncias, são bastante remotas.

Tem outro detalhe: o PSDB, que tem ameaçado desembarcar da base aliada – na verdade uma encenação para enganar seus eleitores porque continua com quatro ministros no governo – já percebeu o profundo desgaste por conta do seu comportamento ambíguo e, embora não querendo desgrudar-se do poder do qual participa sem ter recebido um único voto, terá agora que tomar uma decisão para não afundar junto com Temer. Diante da certeza de que o golpista não mais se sustentará no cargo, os tucanos deverão pular fora do barco. Restará, então, ao presidente golpista, desenvolver a sua última batalha no Supremo, onde aparentemente já teria pelo menos três votos – dos ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Celso de Mello – o que, no entanto, não lhe garantiria uma vitória. Até porque na mais alta Corte de Justiça do país ele não tem espaço para o mesmo tipo de comércio que a Câmara lhe proporciona. Então, não é muito difícil prognosticar seu breve afastamento do Planalto.

Globo tem 24 horas para explicar por que não divulgou de Lula no "Fantástico"


Juiz Gustavo Dall'Olio, da 8ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, determinou nesta quarta-feira, 10, um prazo de 24 horas para que a Globo explique por que não divulgou a resposta do ex-presidente Lula sobre reportagem do Fantástico sobre a sentença do juiz Sérgio Moro que condenou Lula a 9 anos de prisão.

"Corporificado o interesse processual, porque há prova do recebimento do pedido de resposta pelo veículo de comunicação, cite-se Globo Comunicação e Participações S/A para que, (i) em 24 horas, apresente as razões pelas quais não o divulgou, publicou ou transmitiu", disse o magistrado na sentença.

Lula classificou reportagem como uma "peça de propaganda"; reportagem "ignora lacunas na sentença do juiz de primeira instância, distorce ou ignora a natureza de documentos apresentados pela defesa bem como a opinião de juristas que apontam falhas na decisão", disse Lula sobre o jornalismo de guerra da Globo.

De golpe em golpe, chegamos ao "distritão"


Colunista do 247 Tereza Cruvinel lamenta a aprovação, pela comissão da reforma política da Câmara, do chamado "distritão" para as eleições de deputados federais e estaduais em 2018, sistema pelo qual serão eleitos os candidatos mais votados.

"As decisões ainda passarão pelo plenário mas a frente anti-distritão a não tem 150 votos para evitar a tragédia: com estes sistema, vamos ter um Congresso piorado, mais elitista, mais conservador, mais negocista, com forte prevalência de bancadas evangélica e ruralista. Esta perspectiva é tenebrosa e aponta para o pior dos mundos". 

"Ainda que seja eleito um presidente progressista, ainda que Lula seja eleito, como será possível governar com um Parlamento destes?", questiona; "Seria deposto, como Dilma. É dura a vida no bananão", afirma.

Fachin tira Temer do quadrilhão do PMDB. Tudo dominado?


O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou o pedido da Polícia Federal para incluir Michel Temer entre os investigados no inquérito sobre organização criminosa de integrantes do PMDB, o chamado "quadrilhão do PMDB".

O pedido da PF tinha parecer favorável do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Fachin lembrou na decisão que Temer já é alvo de inquérito pelo crime de organização criminosa e por obstrução de Justiça, que foi aberto em maio decorrente da delação de executivos da J&F.

O ministro determinou ainda que a PF conclua as investigações do inquérito do PMDB da Câmara no prazo de 15 dias.

É preciso enxergar o óbvio

Temer está muito incomodado com o procurador geral, Rodrigo Janot e muito à vontade com sua substituta Raquel Dodge. Por quê?




"Sra. Raquel Dodge, não fica bem para a futura PGR manter encontros informais na intimidade noturna com um investigado em potencial, Temer!", lembrou o jornalista da Globo.


Jornalista Alex Solnik dispara perguntas sobre o encontro entre Michel Temer e a nova procuradora-geral da República; "A primeira questão é: por que o encontro foi secreto? 

A segunda: nunca se soube de um caso em que o presidente da República se ocupou em tratar de detalhes da posse um Procurador Geral, tarefa que é delegada ao chefe do cerimonial. 

E ainda: se o encontro foi combinado no mesmo dia supõe-se que havia um assunto urgente a debater ou combinar. Que urgência havia a respeito de uma posse que se dará daqui a 40 dias?".

Para ele, "não têm pé nem cabeça as explicações de Dodge e de Temer".

No Rio, Temer recebe benção de pastor condenado por estupro

O que você acha disso?

Durante visita ao Encontro Nacional de Comércio Exterior, Michel Temer recebeu uma bênção do pastor Marcos Pereira da Silva, líder da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias; Silva foi preso, em 2013, pelo crime de estupro, e condenado pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, em primeira instância, a 15 anos de reclusão pelo crime de atentado violento ao pudor.

O pastor pediu para Deus “visitar o coração, a coluna, o rim, o intestino, o fígado”, entre outros órgãos do peemedebista.

domingo, 6 de agosto de 2017

O que é integridade


Ruralistas tomam estrada dos índios

E o tucano Taques vai para a cadeia, Dr. Moro?

Conversa Afiada, 05/08/2017
Leitão (E) e Taques (D) são tucanos. O do meio... não vem ao caso...

Rubens Valente é um dos últimos vestígios de jornalismo na Fel-lha, o jornal (sic) de 1001 colonistas.

Valente é autor do irrefutável livro "Operação Banqueiro", em que se comprova que, sem o Ministro Gilmar Mendes, o ínclito banqueiro Daniel Dantas não teria existido.

Nesse sábado 5/VIII, Valente publica na Fel-lha reportagem devastadora.

O presidente ladrão se comprometeu com a bancada ruralista a aprovar uma estrada em Mato Grosso, a BR- 242, de 194 km, que beneficia o Ministro (breve, encarcerado) Blairo Maggi e os produtores de soja da região que liga Querência, a Gaúcha do Norte e Canarana.

A estrada redesenhada pelos interesses ruralistas vai passar o trator em cima de sítios arqueológicos, grutas com inscrições e pinturas rupestres, e matas vitais para para as cabeceiras dos rios que cruzam o Parque Indígena do Xingu, onde vivem 16 etnias, e que, em seu extremo sul, fica a 10 km do novo traçado.

É a política do índio bom é índio morto!

(Será que a fadinha da Floresta vai protestar?)

(E as ONGs americanas, que o Putin põe na cadeia? Vão deixar? Ou elas só se manifestam quando o interesse nacional americano é explícito?)


E apareceram dois negociadores poderosíssimos da bancada ruralista (fora, é claro, o ministro breve encarcerado, o Maggi).

São o deputado Nilson Leitão (PSDB!!! - MT), presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio.

E o Governador tucano (claro, só podia ser, não é isso, Dr. Reale, filho?) Pedro Taques.

Segundo Valente, Taques botou o "Caçula", o produtor rural Odir José Nicolau, presidente da comissão pró-242 para falar com o ladrão presidente e conseguiu:

"As fontes (de financiamento), ele (ladrão presidente) me disse: já estão liberadas. Para liberar a BR-242!"

E foi freneticamente aplaudido, segundo a gravação de uma reunião pública.

Nilson Leitão comanda uma bancada de 300 deputados - viva a República Federativa da Cloaca - , segundo a suspeita avaliação do governador Taques.

E como vai Taques, aquele que generosamente acolhe o Juiz Imparcial Moro de Curitiba?

Segundo o Estadão, na mesma edição em que o ladrão presidente insinua que a Procuradora Dodge vai abafar a Lava Jato, o Estadão mostra:

- Primo de governador (Taques) é preso em Mato Grosso;

- Paulo Taques foi secretário da Casa Civil do governador Taques;

- A Polícia Civil apreendeu na casa do primo material de grampos clandestinos que eram feitos pela Polícia Militar sob o comando do primo, o Governador;

- "Não podemos descartar ... que estamos diante de uma organização criminosa muitíssimo bem arquitetada e formada para a prática de crimes de interceptação telefônica ilegal!", diz o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

É dificil, porém, que essa operação "Barriga de Aluguel" prospere e leve o chefe da suposta quadrilha para a cadeia.

Como se sabe, o Ministro Gilmar Mendes, de Diamantino, MT, manteve edificante comunicação telefônica com um ex-ilustre governador de Mato Grosso.

Stanislaw Ponte Preta dizia que em Niterói urubu voa de costas.

Em Mato Grosso também.

PHA

Bolsonaro vota contra a maioria do povo

Quando se traz o Bolsonaro para o campo que vai discutir reforma trabalhista, terceirização total e irrestrita, ele não quer. Foge. Porque ele está votando contra a maioria do povo. Então, temos que mostrar tudo isso que está acontecendo.

Ele não resiste a um debate qualificado e amplamente divulgado quando tiver que falar sobre reforma trabalhista, terceirização, PEC do teto de gastos e a sua visão econômica, que é de retirada de direitos das pessoas. Bolsonaro vai ter que se posicionar, em algum momento, porque faz o jogo de uma parcela do eleitorado dele, de maior poder aquisitivo, que está no topo da pirâmide econômica, que é a favor da retirada de direitos do povo. (Glauber Braga)

Os violentos ataques da Empiricus a Lula nos meios empresariais

- 5 de agosto de 2017



Publicado no blog de Mauro Santayana.

Um dos fenômenos mais impactantes do processo histórico vivido pelo país neste momento, é a extensão, profundidade e complexidade alcançadas pelo amplo esquema de contrainformação fascista montado nos últimos anos.
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Voltado para atingir não apenas o público geral, mas também segmentos específicos da opinião pública, como a juventude, as igrejas (católicas e evangélicas) os ruralistas e os empresários urbanos, ele tem operado, desde 2013, praticamente sem contestação.

Na ausência de planejamento tático, estratégia, determinação ou articulação, a esquerda, que poderia servir de alternativa a esse discurso, reage, junto com o campo nacionalista e democrático, de uma forma tão lamentável e errática, que as derrotas vão se sucedendo, umas sobre as outras, com grande rapidez e facilidade, como ocorreu com o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016.

Não há no Brasil uma frente pela democracia.

Não existe, no país, um comitê estratégico de comunicação, que pudesse, ao menos em parte, suprir a ausência dessa frente, ou transformar-se no seu braço mais atuante, em defesa da Verdade, da Liberdade, do Estado de Direito e da Constituição.

Nem uma coordenação jurídica nacionalista e desenvolvimentista, que possa restabelecer minimamente a justiça e fazer frente ao verdadeiro tsunami de calúnias produzido de forma mendaz pelo sistema de manipulação entreguista e fascista, em seus moinhos, ininterruptamente ligados, de ódio, mentira e hipocrisia.

E nem sequer grupos de monitoramento dignos desse nome, para ao menos mapear o que está ocorrendo nesse contexto, na internet e nos meios tradicionais de comunicação.

A cada 24 horas, no âmbito econômico e no institucional, da desculpa da busca de austeridade – agora ridicularizada pelos mais de 3 bilhões em emendas parlamentares aprovados pelo governo – que disfarça e sustenta a entrega da nação aos estrangeiros, à suposta defesa da honestidade que justifica, por meio do discurso de combate à corrupção, a destruição do Brasil, de programas e projetos no valor de centenas de bilhões de reais, são gerados, livre e maciçamente – na mídia, nos organismos de controle, justiça e segurança da República, nos intestinos de uma plutoburocracia sem nenhuma visão geopolítica ou um mínimo de sensibilidade estratégica para com a dimensão e a história do país que está irresponsavelmente arrebentando – centenas de ataques (milhares, se somarmos as redes sociais) ao Estado, à Democracia e à Política.

Às principais empresas nacionais e aos nossos bancos públicos – que poderiam nos servir de instrumento para enfrentar a crise em que nos meteram a propaganda, a conspiração e a sabotagem golpista desde a época da Copa do Mundo – distorcendo descaradamente a verdade, invertendo a realidade dos fatos, criando mitos tão mendazes quanto absurdos.

Disseminam-se, como sementes de ódio que brotam assim que atingem o solo – e tivéssemos sido tomados por um cego, orgásmico e orgiático viralatismo – falsos paradigmas que estão chegando – pela constante repetição, no incansável “pós venda” da “pós-verdade” – a milhões de brasileiros, nos mais diferentes nichos da sociedade e regiões do país, cumprindo sua missão de enfraquecer e destruir o Estado, desnacionalizar a economia e nossos principais instrumentos de desenvolvimento, e de ajudar a entregar, quem sabe definitivamente, o país ao fascismo, com embrulho de presente e tudo, nas próximas eleições.

Para fazer isso, a aliança entre direita “light”, o anticomunismo tosco e anacrônico e o entreguismo mais abjeto, que encontraram no território brasileiro, nos últimos anos, um campo fértil, adubado com o preconceito e a ignorância, não utilizam apenas a mídia de massa – a ponta mais visível do iceberg que está afundando o país.

Mas também os mais insidiosos métodos e instrumentos, desenvolvendo estratégias específicas para cada tipo de público, por meio de instituições ligadas a interesses estrangeiros, vide as ligações entre o MBL e os irmãos Koch, por exemplo.

Há palestras e cursos de formação de “liderança” promovidos e financiados por consulados e embaixadas estrangeiras, de países que nos espionaram ainda nesta década

Há “seminários” organizados por institutos e fundações de “defesa” da “justiça” e da “democracia”, que não apenas levam nossos jovens para outros países, facilitando por meio de “bolsas” suas viagens e estudos, como depois também promovem e premiam, com plaquinhas, diplomas, medalhas, espelhinhos, festinhas, diplomas e miçangas e palestras remuneradas, sua fiel, abjeta e prestimosa “cooperação”, quando alcançam algum poder em suas carreiras.

Há centenas de sites sofisticados, sem fontes de financiamento claras, e também empresas de “consultoria” e “research” que, a pretexto de prestar informações ao mercado e a investidores, fazem o mais descarado proselitismo político e antinacional.

Isso, sem serem incomodadas ou impedidas, na maioria das vezes, nem pelas autoridades, nem por quem está sendo por elas impiedosa e constantemente caluniado.

Usando, para pescar otários no oceano dos brasileiros comuns, saturantes- e caríssimas – campanhas de mídia dirigida, que, por sua extensão e capilaridade, devem envolver, principalmente na internet, milhões de reais.

Ora, todo mundo com um mínimo de conhecimento histórico sabe que, desde o início dos tempos, a mentira e o medo são as duas principais muletas do fascismo.

Que as utiliza para percorrer a trilha, pavimentada pela desinformação e o analfabetismo político, que costuma conduzí-lo ao poder, para finalmente calçar, sem abandoná-las como apoio para equilibrar-se, as pesadas botas do terror e do autoritarismo.

Quando na oposição, a falsidade e o preconceito servem ao fascismo para incentivar o golpismo.

Quando na situação, para impedir que ascendam novamente ao poder forças que possam se opor a ele.

Em fevereiro de 2015, denunciamos, em um texto para o qual recomendaríamos novamente a leitura, publicado na “Revista do Brasil”, com o título de “O “FIM” DO BRASIL”, a realização, na linha do “tenho medo”, lembram-se? – de uma ampla campanha de mídia, dirigida principalmente para os meios empresariais, disfarçada como a venda de relatório de conjuntura, que afirmava – dentro da estratégia de disseminação e justificação do golpismo – que o Brasil iria “quebrar” naquele ano.

Por trás dela, estava uma empresa de “consultoria” cuja principal missão tem sido, nos últimos anos, a de explorar e apoiar abertamente o anticomunismo e o antipetismo no Brasil, adotando o sensacionalismo mais vulgar e o mais descarado terrorismo econômico, mesma estratégia que adota em outros “mercados”, como Portugal, por exemplo.

Não apenas negando as eventuais conquistas que o país obteve na última década, mas, principalmente, assustando um público ignorante em economia, suscetível e contaminado ideologicamente pelo discurso conservador, privatista, entreguista e antibrasileiro vigente.

Ameaçando-o com a perspectiva da volta ao poder de um governo nacionalista, capaz de recolocar o país, por meio de um programa desenvolvimentista, em uma situação minimamente soberana e digna diante do mundo.

Agora, com a mesma estratégia, já denunciada, entre outros, por Fernando Brito, Tereza Cruvinel e Denise Assis – a de apresentar um discurso escarradamente político, em sua forma e consequências, como peça de propaganda de uma pseudo “análise exclusiva” – essa mesma empresa, a EMPIRICUS – sócia do site Antagonista e já processada pela CVM e o MP de São Paulo – está promovendo outra campanha milionária, que, no lugar de “O FIM DO BRASIL” traz como apelo o alerta “A AMEAÇA QUE PODE ARRUINAR COM O PATRIMÔNIO DE SUA FAMÍLIA”.

Nela, ela usa como principal gancho o retorno de Lula – que tirou o Brasil da decima-terceira economia do mundo e levou para sexta, hoje, ainda, nona posição, pagou a dívida com o FMI, triplicou o PIB, e multiplicou por 10, para 340 bilhões de dólares, as reservas internacionais – à Presidência da República e também defende, em outra peça de propaganda, a condenação definitiva do ex-presidente como um fator de melhora da situação para os investidores.

Em homenagem a Goering (Goebbels era mais sofisticado) vale a pena ler, na íntegra, o fac-símile dessa pilantragem:




Agora, resta saber o que o PT poderia fazer a respeito disso.

O leitor escolhe, nas alternativas abaixo, como nas provas do Ministério Público:

a) Chamar alguns economistas sérios e incentivar a montagem de uma consultoria para concorrer – ao menos institucionalmente – com a Empiricus, que possa finalmente explicar aos investidores – e a parte da opinião pública – o que realmente ocorreu com a economia brasileira desde 2002.

b) Mandar alguém fazer um estudo criterioso dos “relatórios” da EMPIRICUS nos últimos anos e mostrar que, entre os alegados 1.6 milhão de “leitores” que a seguem, muita gente jogou dinheiro fora – como no caso das ações da Petrobras – ao se deixar contaminar ideologicamente e indo atrás da conversa fiada deles.

c) Processar – como já fez no passado – essa pseudo consultoria junto ao TSE por propaganda (ou contra informação) eleitoral antecipada.

d) Não fazer absolutamente nada, porque trata-se de um caso típico de liberdade de expressão, ou porque “isso não vem ao caso”, como diz certo juiz “imparcial” de Curitiba.

sábado, 5 de agosto de 2017

Meirelles está afundando a economia do País!


Por Aristóteles Cardona Júnior, no Brasil de Fato

Passado este período de pouco mais de 1 ano de consolidação do golpe que derrubou a presidenta Dilma Roussef, a ficha, como se diz popularmente, parece seguir caindo para grande parte da população. Hoje é muito difícil encontrar pessoas que defendam o governo de Temer ou até mesmo que achem que as coisas melhoraram desde a queda da Presidenta Dilma. É o que atestam todas as últimas pesquisas. Uma das mais recentes deixa claro que um governo nunca foi tão mal avaliado desde Sarney.

No meio deste rolo todo, alguns nomes já estão bastante rejeitados. É o exemplo do próprio Michel Temer. Outro grande exemplo é o de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e que segue preso. Mas há outros tantos nomes que precisam vir à tona. E um deles certamente é o de Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda do governo golpista.

Meirelles é um dos principais responsáveis por vender “um produto” que não conseguiu entregar. Qual produto? O Produto da recuperação econômica. A tese deste pessoal é de que num cenário de dificuldade financeira, a solução passa por aumentar o arrocho, diminuir empregos, retirar direitos e por aí vai. Mas a verdade é que este tipo de pacote não resolve problemas. A história do Brasil mostra isso. Não precisa nem ser economista para saber.

Mais do que isso, o Governo Temer não apenas afunda ainda mais a economia do país, como mente descaradamente para a população. É possível verificar isso com a mudança do discurso do Ministro com relação ao aumento de impostos.

Há declarações suas no final de 2016 garantindo que não haveria aumento de impostos. Poucos meses depois, por volta de março de 2017, o ministro fala que se houver aumento de impostos, deverá ser temporário. Até que nas últimas semanas o discurso muda novamente e eles não escondem mais o aumento dos impostos. O mais recente foi o aumento que incide na gasolina. Tal aumento já representa o maior no preço do combustível dos últimos 13 anos. E certamente isso se refletirá em breve nos transportes públicos, na alimentação, etc.

Não bastaram poucos meses e o discurso se inverteu completamente. Enquanto isso, a economia segue afundando. Quais serão os próximos ataques à classe trabalhadora? Em que o momento o peso deixará de estar apenas em cima da população mais pobre? Não precisamos de Michel Temer ou de Henrique Meirelles. O povo não pode seguir pagando a conta.

Hoje meu coração sangrou de novo lembrando como a vida é injusta, diz filha de Genoíno

"Meu pai não foi gravado pedindo e nem oferecendo dinheiro, não foi visto com mala, não pediu para matar ninguém", mas foi condenado, disse Miruna, filha de José Genuíno

Jornal GGN - Em seu Facebook, a filha de José Genoíno faz desabafo:

Há quase 4 anos essa foto foi tirada. 15 de novembro de 2013, meu pai na Polícia Federal. De lá para cá, morando em São Paulo, obviamente vi a sede da PF várias vezes, mas nunca tinha ido para lá de novo... hoje tive que ir. Eu estava mentalizando isso há tempos, desde que não consegui outro lugar para agendar o passaporte, mas mesmo assim, foi muito, muito duro. Eu cheguei lá, com a Paulinha na mão, e na hora que olhei para aquela escada eu só pensava no meu pai, nessa imagem, nele do lado de lá da grade e eu do lado de fora, na calçada. Eu fiquei muito angustiada achando que não ia conseguir nem andar, parecia que eu não podia nem respirar. Mas e a minha filha?

Estava lá comigo

Não dava para fraquejar. Ela percebeu, claro, não teve muito jeito, mas eu fui falando com minha alma de filha-mãe, dizendo de algumas coisas que eu estava lembrando, e ela só me observava com aqueles olhinhos lindos, mas tão, tão expressivos! Encaramos a escada, encarei a portaria, subi, fiz o que tinha que fazer, mas para onde eu olhava, pensava... foi aqui o primeiro lugar do confinamento injusto do meu pai. Foi aqui que ele entrou. Foi aqui que o pesadelo começou.

Não ficamos mais de uma hora por lá, mas ainda estou, mais de 7 horas depois, com o coração apertado. Fico só aqui lembrando da injustiça, de como foi lá que tudo começou, de como tanta gente se calou diante do nosso sofrimento, de como tantos pensaram que poderia ser algo que ficasse "só com o Genoino". E fiquei ainda mais triste por ter vivido isso hoje, um dia depois da indignação com a não investigação do Golpista. Meu pai não foi gravado pedindo nem oferecendo dinheiro, não foi visto com mala, não pediu para matar ninguém. "Ele só podia saber" foi o que o condenou, e hoje meu coração sangrou de novo um pouquinho lembrando de como a vida é injusta.