terça-feira, 15 de agosto de 2017

Impeachment e Aécio. Equívocos imperdoáveis de Marina Silva

Fundador da Rede: Marina "se queimou" com toda a esquerda e também não é alternativa da direita!

Conversa Afiada, 15/08/2017


Beijo da morte? (Reprodução: Ag. Estado)

Nem a direita quer Marina

Com apenas 3% das intenções de voto, Marina Silva (Rede) é o grande fenômeno negativo da pesquisa DataPoder360; ex-senadora cometeu dois erros cruciais: o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), fisgado num esquema de propinas, e ao golpe que levou ao poder Michel Temer, denunciado por corrupção

No Brasil de hoje, ela não seduz a esquerda, o centro ou a direita, que tem nomes mais identificados com o ódio e com o golpismo

Da BBC:


Marina poderia ser favorita para 2018, mas 'queimou caravelas com esquerda' ao apoiar impeachment, diz fundador da Rede


Fundador e ex-membro da Rede Sustentabilidade, o antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares afirma que a líder política do partido, Marina Silva, pode ter perdido a chance de chegar às próximas eleições presidenciais como favorita após ter declarado apoio ao impeachment de Dilma Rousseff no ano passado.

"Quando ela assumiu essa posição, extremamente irresponsável do ponto de vista da democracia, acho que ela queimou as caravelas relativamente ao campo das esquerdas. Não só do PT, das esquerdas", considera ele. "Isso circunscreve o seu potencial eleitoral e político."

(...) BBC Brasil - O senhor ajudou a fundar a Rede Sustentabilidade e saiu fazendo críticas ao partido. Como vê hoje as perspectivas para a Marina Silva?


Soares- Fui o primeiro presidente da Rede no Rio. Mas a frustração foi muito grande, porque os vícios de todos os partidos foram simplesmente reproduzidos.


A minha divergência com a Marina teve a ver com seu apoio ao impeachment (da presidente Dilma Rousseff). Ela tinha sempre se manifestado contrária. O (deputado Alessandro) Molon entrou para o partido depois que ela se comprometeu a ser contrária.

E uma semana antes da votação, ela se pronunciou a favor do impeachment, sem nos consultar. E pior ainda, a direção do partido, que era contrária ao impeachment, mudou de posição menos de 24 horas depois, para não deixá-la só. Isso é o retrato de que o partido não dispõe de instâncias autônomas.


BBC Brasil - Qual foi o impacto dessa mudança para a trajetória política dela? O senhor acredita que Marina tenha chances em 2018?



Soares - Ser a favor do impeachment significava entregar o país ao núcleo mais perigoso da política nacional, o PMDB. Quando ela assumiu essa posição, extremamente irresponsável do ponto de vista da democracia, acho que queimou as caravelas relativamente ao campo das esquerdas. Não só do PT, das esquerdas.


Ela hoje teria todas as condições de ser favorita nas eleições de 2018 se tivesse se mantido contra o impeachment. Poderia unificar o campo das esquerdas com um discurso palatável, capaz de suscitar respeito entre eleitores do centro, e a população evangélica também se reconheceria nela. Ela viria com um potencial eleitoral muito grande.

Com sua ruptura com o campo da esquerda, resta a ela buscar unir o centro com fatias mais conservadoras e de centro-esquerda. Mas isso já circunscreve o seu potencial eleitoral e político.

Ela deixou de ser espontânea e genuína. Essa era a sua marca. Passou a estar sempre numa posição ambígua, com poucas definições claras, e a jogar o jogo mais tradicional. (...)

Em tempo: ao entrevistado faltou acrescentar dois gloriosos momentos da carreira fulgurante da Bláblárina, a nossa Fadinha da Floresta: viajar seis vezes no jatinho sem dono e nem desconfiar quem é o dono e quase chorar de emoçao patriotica, ao dar apoio ao gângster do Mineirinho na eleição de 2014. É mais do que apoiar o impeachment... - PHA

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